segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O GRILLO E MOZART

Tem alguma coisa nos grilos que chama a noite.
Uma vez criei um Grillo dentro de casa,
Enquanto ele cantava coloquei Mozart
Para ouvi-lo cantar em clássico.
Fiquei fascinado ao ouvir a opera do Grillo,
Ou diria a Grillada de Mozart?
O Mozart com a terra e o mato do Grillo e etc,
E o Grillo com as cordas e os metais de Mozart e etc.
Os dois se completavam tão bem
Que quando o Grillo se calou
Eu só consegui ouvir Mozart no silêncio.


Diego Rocha

3 comentários:

  1. Adoro a poesia desse poema, a mistura de dois elementos (Grilo e Mozart) que só mesmo você poderia unir transformando em algo tão simples e grandioso como esse belo escrito.

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  2. Obrigado. É de certa forma uma aldácia pôr grillos que cantem com Mozart e que ao silenciarem Mozart também silencia, mas acho que é isso, Mozart é tão orgânico quanto os grillos e os grillos são tão orquestrais quanto Mozart, isso é uma das qualidades que tento dar ênfaze, a importante simplicidade das coisas, que por vezes nos passa despercebido, e como elas estão no memso nível de uma complexidade criada por nós.

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  3. Esqueci de dizer que você é duvidosa para falar dos meus escritos (rs), mesmo assim agradeço, pois também sei que você tem um bom conhecimento sobre o assunto e por tanto tem o seu próprio olhar crítico a respeito.

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