sábado, 26 de setembro de 2015
Chove ao longe,
Os pássaros embicam mais uma canção
que ficará esquecida por entre as folhas
As árvores murmuram entre si
a nostalgia íntima de mais um fim de tarde
Repousa a fogueira triste em brasa,
lembrança das cinzas sopradas ao vento
Ao longe a luz de uma lâmpada nos faz esquecer do dia
e a conversa dos sapos nos faz lembrar da noite
Meu coração silencia para nenhuma interferência
entre o som do bater da asa de uma borboleta
e o caminhar de um lagarto no quintal
O Sol se aquietou nas mãos do tempo
e o que antes eram galhos e troncos
formou uma imensa teia erguida de sombra retorcida.
Diego Rocha do livreto “Antes da Chuva”
21/03/2010
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Lindo poema**** Sensível.
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